A atividade econômica e a herança social distribuem os homens desigualmente no espaço fazendo com que noções como rede urbana ou sistema de cidades não tenham validade para a maioria das pessoas. O acesso efetivo delas aos bens e serviços depende de seu lugar socioeconômico e também do lugar geográfico, tema que Milton Santos explorou anteriormente em O Espaço Dividido. Aprofundando a discussão, o autor se propõe aqui a tratar a questão da cidadania pelo ângulo geográfico, mostrando como a mobilidade ou o imobilismo tornam-se assim categorias de análise. Com a pretensão de contribuir para o debate da redemocratização brasileira, as análises são feitas a partir da realidade do país, mas tentam abarcar também a de outros países subdesenvolvidos.
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Edusp - Editora da Universidade de São Paulo