Na minha obra, desde o início, isto é, desde as gravuras dos anos de 1970, não me preocupo com a repetição e sim com a possibilidade de mutação dentro de um mesmo ângulo, dentro de um mesmo código genético. A meu ver, minhas obras são como parentes, irmãos e irmãs, primos e primas, tios, sobrinho distante: todos advêm de uma mesma matriz, mas cada qual tem outra cor, outro tamanho, outro tratamento formal, outra plasticidade. Com essas observações acerca de seu processo criativo, Alex Flemming evidencia um dos aspectos importantes de suas obras, destacado neste livro: a constante experimentação, a reelaboração de objetos conferindo-lhes novo significado. As obras de Flemming reunidas neste volume mostram esse processo do artista nos anos iniciais de sua carreira, de 1978 a 1987, destacando o uso da fotografia, especialmente a fotogravura, como elemento importante do seu trabalho.
Editora:
Edusp - Editora da Universidade de São Paulo