Ardis da Arte realiza uma investigação ao mesmo tempo etnográfica, comparativa e teórica sobre imagens e artefatos rituais na Amazônia indígena. Fruto de uma longa experiência de campo, o livro mergulha em um exercício de teorização indutiva para abordar temas mais amplos na antropologia e na história da arte, tais como a relação entre pessoas e coisas, ontologia e animismo, estética e pragmática, e muitas outras questões. O objetivo principal da obra é estudar empiricamente a articulação entre as convenções formais e os mecanismos pragmáticos por meio dos quais imagens ameríndias se tornam eficazes e gestam seres extraordinários: humanos que viram jaguares, bastões que se tornam espíritos, artefatos que falam. O livro percorre um extenso território etnográfico e conceitual, navegando entre objetos, imagens e ações, recorrendo a discussões teóricas contemporâneas e sobretudo a descrições etnográficas densas, numa teia comparativa ameríndia que vai do Alasca ao Chaco.Confira entrevista com o autor.
Editora:
Edusp - Editora da Universidade de São Paulo