Renata Campello Cabral analisa neste livro como se deu o processo de salvaguarda do patrimônio urbano e paisagístico da Itália nas primeiras décadas do século XX, focalizando a atuação do engenheiro Gustavo Giovannoni. Sua atuação como pensador-gestor entre a elaboração das leis e prática preservacionista, estabeleceu possibilidades reais de conciliação entre as novas construções e a conservação dos espaços urbanos. Da tutela dos monumentos à noção de ambiente, percebe-se a importância de uma visão de conjunto quando se trata do patrimônio como algo vivo e transformador. Paulo César Garcez Marins aponta a importância do planejamento e dos planos diretores como instrumentos para regular simultaneamente a conservação e o crescimento das cidades, que teriam assim seus tempos entrelaçados e vivificados, aprendizado que pode ser útil para o debate da preservação patrimonial no Brasil.
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Edusp - Editora da Universidade de São Paulo