Este livro analisa as relações entre o Estado e o universo dos homens livres e pobres mediante o exame das práticas de recrutamento forçado e conscrição, e suas implicações com as ideias de criminalidade, cidadania, honra, masculinidade, raça e identidade nacional. Valendo-se de ampla e minuciosa bibliografia, que inclui o cancioneiro da época, artigos de jornal e inquéritos policial-militares, Peter Beattie destaca o papel central do Exército no sistema de justiça penal brasileiro do final do século XIX. Articulando história social e cultural, a perspectiva histórica e aquelas provenientes da sociologia e da antropologia, Beattie salienta a função do Exército como instituição disciplinadora, tomando-o como ponto de partida para examinar, no Brasil, o papel do Estado durante a lenta transição do regime de trabalho forçado para aquele do trabalho livre.
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Edusp - Editora da Universidade de São Paulo