Apoiando-se nos fundamentos teóricos de Émile Durkheim e Ludwik Fleck, para os quais a verdadeira solidariedade só é possível quando os indivíduos compartilham categorias de pensamento, a autora empenha-se em esclarecer como o pensamento depende das instituições e discutir temas como solidariedade e cooperação. A escolha teórica é deliberadamente polêmica, visto que contradiz os axiomas básicos do comportamento racional, segundo os quais cada pensador é considerado como um indivíduo soberano. Mary Douglas investiga diferentes sociedades e comunidades e suas relações com as instituições, concluindo que os indivíduos compartilham seus pensamentos e harmonizam suas preferências, mas são as instituições que determinam a tomada das grandes decisões.
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Edusp - Editora da Universidade de São Paulo