Hélio Oiticica sempre se referiu à sua atividade como um programa in progress. Desde a sua proposição de “morte da pintura” à “antiarte” e nas manifestações ambientais, seu programa adensou-se dos anos de envolvimento com o neoconcretismo até sua ideia de um “além da arte”. A conceituação do ambiental, já indiciada em escritos do diário desde os inícios dos anos 1960, levou-o a uma sequência de propostas de abertura estrutural até a proposição da “ambientação”. Celso Favareto e Paula Braga, estudiosos da obra de Oiticica há vários anos, analisam neste novo volume da Coleção Prismas as Manifestações Ambientais, nas quais o artista propõe um outro espaço estético de ações e comportamentos, que supõe a destruição das formas de evidenciação da pintura, mantendo dela, apenas, a possibilidade de fundação de relações estruturais que abriguem “novos sentidos de espaço e tempo”.
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Edusp - Editora da Universidade de São Paulo