Trata-se de importante contribuição sobre a história da imprensa e da política no Brasil, reconstituindo as trajetórias políticas e as redes de sociabilidade de dois influentes grupos de jornalistas da época, alcunhados pejorativamente de “anarquistas” e “servis”. Uma característica marcante dos embates políticos que travavam, como mostra vividamente Arthur Ferreira Reis, foi a “guerra de palavras” entre estes missivistas, que era pródiga em xingamentos mútuos e ataques pessoais. Mas o livro vai além, valendo-se de autores da “virada linguística” na historiografia para analisar como um novo vocabulário político se formava e se disseminava pela sociedade naquele período fascinante de alargamento da política e de implementação de um governo relativamente representativo.