Com a criação de Israel, em 1948, comunidades judaicas que há milênios viviam no mundo árabe foram sistematicamente perseguidas. Vindas de países como Iraque, Líbia, Egito e Marrocos, ondas de refugiados chegaram ao Estado israelense, estranhos a uma cultura nacional que se inventava como moderna, secular e ocidental. Chamados de mizrachim (orientais, em hebraico), esses imigrantes são pressionados a abandonar seus valores e visão de mundo para se integrarem às estruturas sociais, culturais e econômicas de Israel, encarnando a paradoxal condição de exilados na terra da redenção . Em geral pertencentes às camadas cultas de suas sociedades de origem, eles encontram refúgio na literatura, desencadeando uma corrente literária cujas obras, analisadas por Luis S. Krausz neste livro, elaboram de diferentes pontos de vista o tema da imigração judaica de países árabes.
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Edusp - Editora da Universidade de São Paulo