No teatro de animação há uma especificidade dramatúrgica que se constrói na relação entre ator, objeto e público. O objeto interpõe-se entre o ator e o público, impondo procedimentos dramatúrgicos necessários a esse fazer teatral, cuja singularidade é determinada pelo objeto e pelo jogo que se estabelece com o ator e o público. A partir dessa coordenada, o ator adquire o status de manipulador e/ou animador, e o objeto, o de um signo visual. Neste livro, Felisberto Sabino da Costa propõe uma análise centrada nos procedimentos dramatúrgicos que envolvem o teatro de animação, observando que a prática da encenação pode não estar dissociada do processo de elaboração textual. O autor detém-se nas encenações brasileiras a partir dos anos de 1980, privilegiando as práticas em que o ator-manipulador atua diretamente no objeto, centrando a discussão no fenômeno teatral e não apenas na animação.
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Edusp - Editora da Universidade de São Paulo