No ápice do ciclo da borracha, o irlandês Roger Casement então cônsul-geral britânico no Brasil fez duas viagens à região do alto Amazonas, em 1910 e 1911, para investigar denúncias de violência e escravidão cometidas contra indígenas brasileiros, peruanos e colombianos. As suspeitas recaíam sobre a Peruvian Amazon Company, empresa financiada pela bolsa de Londres e operada por gestores peruanos brancos. Casement registrou e tornou públicas as atrocidades sofridas pelos nativos, quase sempre silenciadas pelos interesses políticos e econômicos, o que acelerou o fim do mercado de extração de borracha. Fonte primária de pesquisa, Diário da Amazônia de Roger Casement é considerado uma defesa da contra-história da cultura ameríndia. Esta primeira edição em português evidencia o legado de seu autor para o Brasil e para o mundo, com sua luta pioneira pelos direitos humanos.
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Edusp - Editora da Universidade de São Paulo