Preservar as escassas florestas das cidades é o desafio
No livro “Natureza em Megacidades”, Jörg Spangenberg defende a vegetação integrada à paisagem de concreto
05/12/2019
Por Leila Kiyomura
A importância da integração da natureza no espaço urbano é apresentada por Jörg Spangenberg no livro Natureza em Megacidades – Serviços Ambientais da Floresta Urbana. Lançada pela Edusp, a obra apresenta um estudo detalhado sobre os benefícios da vegetação como uma solução para adaptar as cidades às mudanças climáticas e garantir uma melhoria da qualidade de vida da população.
A pesquisa foi apresentada como tese de doutorado do autor na Universidade Bauhaus, na Alemanha, em parceria com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP. Spangenberg é arquiteto, urbanista e engenheiro alemão radicado no Brasil. Optou pela cidade de São Paulo como objeto de pesquisa. “São Paulo foi uma das primeiras cidades do século 20 a atingir o status de megacidade”, justifica. “Foi escolhida para este estudo por ser considerada um exemplo icônico e relativamente antigo de uma megacidade com todos os seus benefícios culturais, seus contrastes e problemas ambientais, e por ser uma das cidades com a menor taxa de cobertura vegetal do mundo, apenas 2,6 metros quadrados por habitante.”
Segundo o pesquisador, “o rápido processo de modernização de São Paulo levou ao desrespeito, à ignorância, à negação e à expulsão de elementos naturais como vegetação, rios, riachos e solos abertos no interior da área metropolitana.”.
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Na defesa de que a relação entre os homens e seu ambiente precisa ser revisada e discutida, Spangenberg apresenta a sua pesquisa em sete capítulos, que discutem os desafios ambientais nas megacidades, a relação entre os moradores da cidade e seu meio ambiente, a metropolização e os conflitos ambientais e o papel da vegetação urbana. Apresenta um panorama de custos e benefícios, além dos conceitos de floresta urbana de São Paulo, destacando as raras áreas onde ainda estão fragmentos da Mata Atlântica.
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Leia o texto original na íntegra no jornal da USP