Das bruxas às estrelas de cinema: um estudo da imagem da mulher
Trilogia de livros 'Imagens da mulher no ocidente moderno', da socióloga Isabelle Anchieta, analisa representações das mulheres da Idade Média ao século 20
31/12/2019
Em Nexo
Por Juliana Domingos de Lima
Imagine uma linha do tempo que se inicia na Idade Média, com gravuras sobre a ameaça das bruxas na Europa, passa pelas várias representações da Virgem Maria, pela figura de Maria Madalena e chega às estrelas de Hollywood no século 20.
É essa, em resumo, a linha traçada pela trilogia “Imagens da mulher no ocidente moderno”, lançada pela editora Edusp em dezembro de 2019. A construção dessas imagens de mulheres ao longo de séculos foi objeto de estudo da socióloga Isabelle Anchieta ao longo de quase uma década. Sua análise extensiva foi dividida nos volumes “Bruxas e Tupinambás canibais”, “Maria e Maria Madalena” e “Stars de Hollywood”.
O “ocidente moderno” do título da obra se refere à transição, com o fim do período medieval, para a Idade Moderna nessa área do globo. “A modernidade tem um sentido muito específico na obra, o do processo de buscar uma dessacralização do mundo, uma quebra de uma série de mitos e entendimentos e uma crescente individualização e humanização. São esses dois conceitos que vão definir, para mim, o ocidente moderno. E a mulher vai ser emblemática nisso, é por isso que eu a escolhi”, diz Anchieta.
Nesta entrevista ao Nexo, a pesquisadora detalha as descobertas de seu estudo, que envolveu viagens a diferentes países para ter acesso aos materiais originais, e também aponta as consequências concretas desses estereótipos na vida das mulheres de diferentes épocas e os ecos das imagens no presente.
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