A autora traça um painel das representações artísticas da Itália renascentista, postas em relação com a vida social, com o objetivo de garantir um primeiro contato seguro com o tema. Em sua análise, demonstra como o ressurgimento das cidades, afastando progressivamente a autoridade religiosa dos assuntos tributários, judiciários e militares, e o conseqüente aparecimento de uma consciência cívica local, exerceu grande estímulo à efervescência cultural característica do período. Nas artes plásticas a relação com a política fica evidente por meio de seus temas e formas, embora a produção iconográfica religiosa se mantenha, em muitos casos, utilizada para engrandecer as poderosas famílias florentinas e venezianas. Também são estudadas as principais abordagens sobre o Renascimento na historiografia dos séculos XIX e XX.