Este segundo volume da Biblioteca Durkheimiana apresenta, pela primeira vez em português, o importante estudo de Henri Hubert sobre o tempo, no qual o autor defende que o tempo não é uma dimensão autônoma, caracterizada pela sucessão de instantes homogêneos, desprovidos de qualidade. Partindo do exame dos elementos que constituem os calendários mágico-religiosos, os intervalos e as datas críticas, Hubert defende que o tempo se apresenta para os grupos sociais como uma sucessão de eternidades, cada qual caracterizada por uma qualidade própria, vinculada a uma realização particular da noção de sagrado. E esse sagrado impõe à passagem do tempo variações rítmicas, proibindo e exigindo, em consonância com a própria dinâmica societária, determinados ritos. O volume apresenta o texto de Hubert em edição bilíngue, um dossiê crítico com estudos de especialistas e, no anexo, resenhas de Marcel Mauss, Jean Lafitte e Salomon Reinach sobre a obra de… Leia mais