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A Arte do Cinema

A Arte do Cinema

de David Bordwell e Kristin Thompson

A arte do Cinema: Uma Introdução apresenta ao leitor um vasto panorama do fazer cinematográfico, e traz como inovação a abordagem escolhida pelos autores de trabalhar diretamente sobre uma profusão de fotogramas, parte inerente da narrativa fílmica, e não mais sobre a foto de cena. Em sua análise, Bordwell e Thompson abordam em detalhes o cinema clássico norte-americano, abrindo espaço também para autores com outras orientações e nacionalidades Derek Jarman, Dziga Vertóv, Jean-Luc Godard, Wong Kar-Wai, entre muitos outros bem como para o cinema experimental e de animação. Fernão Pessoa Ramos apresenta a obra e observa que praticamente não existem compêndios que estudem a arte do cinema em si mesma, buscando destrinchar sua forma numa perspectiva histórica não evolucionista, nem finalista. Esta publicação, que marcou de modo duradouro os estudos sobre cinema nos Estados Unidos, vem preencher essa… Leia mais

Conflito e Interpretação em Fellini

Conflito e Interpretação em Fellini

de Luiz Renato Martins

Fellini se consolida como o principal autor do cinema italiano depois do impacto de filmes como La Dolce Vitta (1960) e Oito e Meio (1963), graças à novidade de sua orientação temática, que se destaca tanto do mundo de penúria típico do neo-realismo como do subjetivismo intimista que se seguiu a esta escola. A partir dessas constatações, o livro dispõe a análise de quatro filmes do mestre italiano Roma, Amarcord, Cidade das Mulheres e Ensaio de Orquestra privilegiando veios interpretativos como a memória, a arte e a sexualidade, para demonstrar que o cinema de Fellini, em vez de nostálgico e autobiográfico, como costuma ser entendido, é na verdade radicalmente crítico e fundamentalmente… Leia mais

Dos Diários de Serguei Eisenstein e Outros Ensaios

Dos Diários de Serguei Eisenstein e Outros Ensaios

de V.V. Ivánov

O cinema era entendido por Eisenstein como um experimento estético grandioso, que permitia a realização do que antes parecia quimérico, e era por meio dele que tentava entender os outros tipos de arte, independentemente do seu desenvolvimento. Neste livro, Ivánov focaliza os arquivos do cineasta Serguei Eisenstein ao lado de estudos sobre história da cultura mundial, antropologia cultural, mito e linguagem, para destacar elementos extremamente originais que ligam o cinema a outros sistemas de signos. Ivánov se detém em duas importantes obras de Eisenstein, Methode (O Método) e Grundproblem (O Problema Básico), conhecidas até recentemente apenas em fragmentos, e nas páginas de suas anotações e diários da época das filmagens de Que Viva México! Nesta edição, acrescentou-se um quinto capítulo aos quatro originais que trata de aspectos singulares do formalismo russo, praticamente desconhecidos fora do mundo… Leia mais

Multiculturalismo Tropical

Multiculturalismo Tropical

de Robert Stam

Robert Stam analisa em Multiculturalismo Tropical o percurso do cinema brasileiro no tratamento das questões étnicas e raciais. Discute, entre outros temas, como foram construídas as imagens do negro e do indígena no cinema, e as estratégias utilizadas por esses grupos na busca de acesso a sua própria representação. O livro é uma sobreposição de vários projetos: uma história do cinema brasileiro do ponto de vista da raça; da história do Brasil através de suas representações cinemáticas; um estudo comparativo das formações raciais no Brasil e nos Estados Unidos e um ensaio teórico sobre as análises das representações de conotação racial. O autor examina as metamorfoses progressivas das imagens multiculturais no período do cinema mudo, das chanchadas das décadas de 1930 e 1940, os filmes paulistas no estilo hollywoodiano dos anos de 1950, e as diversas faces do Cinema Novo nas décadas de 1960 e 1970, até o… Leia mais

Nada Acontece

Nada Acontece

de Ivone Margulies

Chantal Akerman criou uma obra livre e rigorosa, com filmes que alternam contenção, ordem e simetria, de um lado, com obsessão e rompantes, de outro. Neste livro, Ivone Margulies apresenta o primeiro estudo sobre a cineasta belga, procurando investigar o que acontece quando nada acontece nos seus filmes, bem como oferecer uma breve genealogia da associação entre a duração prolongada e a temática do cotidiano no cinema europeu pós-guerra. Investiga o interesse no cotidiano, que se estende do cinema neorrealista do pós-guerra até a reescrita feminista da história da mulher nos anos 1970. A análise da autora revisa a desgastada oposição entre realismo e modernismo no cinema, define a estética do hiper-realismo minimalista em contraste com o anti-ilusionismo de Godard e revela como são inadequadas as caracterizações populares dos filmes de Akerman como simplesmente modernistas ou… Leia mais

Nascido das Cinzas

Nascido das Cinzas

de Lúcia Nagib

Autor de filmes como O Império dos Sentidos e Furyo: Em Nome da Honra, Nagisa Oshima é um dos nomes centrais do cinema japonês moderno e ao mesmo tempo o mais internacionalista dos cineastas de sua geração, aliando invenção estilística, temas provocativos e reflexão política. Trabalhando em contato direto com o cineasta e diversos de seus colaboradores que lhe deram entrevistas e forneceram documentos e pesquisando as condições locais com que a obra dialoga, Lúcia Nagib mostra como Oshima traduziu em seus filmes sua própria luta contra uma sociedade rigidamente organizada, criando uma galeria de personagens que não se conformam ao meio em que… Leia mais

Nelson Pereira dos Santos

Nelson Pereira dos Santos

de Mariarosaria Fabris

A assimilação das ideias do neo-realismo italiano por cineastas brasileiros é o tema geral deste livro que se concentra no estudo detalhado de duas obras da fase inicial da carreira de Nelson Pereira dos Santos: Rio, 40 Graus (1955) e Rio, Zona Norte (1957). Para a autora, destacam-se dois momentos nesse processo de assimilação: inicialmente, a coincidência de estilo e de temática social é flagrante, enquanto, a seguir, as relações com o movimento europeu tornam-se menos diretas à medida que uma linguagem própria vai se formando. No conjunto de sua análise, Mariarosaria Fabris demonstra em que medida o neo-realismo foi importante para o debate de ideias sobre cinema no Brasil, influenciando o desenvolvimento da cinematografia nacional até o Cinema… Leia mais

O Neo-Realismo Cinematográfico Italiano

O Neo-Realismo Cinematográfico Italiano

de Mariarosaria Fabris

A partir da atual revalorização do neo-realismo, a autora faz uma análise das obras principais desse movimento italiano, que revelou cineastas do porte de Roberto Rossellini, Vittorio De Sica e Luchino Visconti, assim como de sua recepção crítica, sobretudo a que se deu na própria Itália. Para compreender melhor o movimento, a análise abarca desde a filmografia imediatamente anterior que anunciou traços estilísticos presentes nos filmes maiores do neo-realismo, indo até o período de sua dissolução. Ao desenvolver esse panorama, a autora enfatiza a permanência e a atualidade de algumas ideias-chave do movimento identificadas pelos críticos, por exemplo, em filmes iranianos como os de Abbas Kiarostami e a enorme influência que exerceu no desenvolvimento de diversas filmografias, inclusive a… Leia mais

A Ponte Clandestina

A Ponte Clandestina

de José Carlos Avellar

No começo dos anos de 1960, um grupo de jovens cineastas brasileiros, argentinos, cubanos, mexicanos e chilenos voltaram as câmeras para o equacionamento dos problemas da América Latina dentro de sua experiência de fazer filmes. Para isso, veicularam suas ideias não só nos filmes, mas também em manifestos, artigos para jornais e revistas, ensaios, cartas, palestras e debates. Esse trabalho teórico, que se deu como uma conversa entrelaçada entre autores como Glauber Rocha, Fernando Solanas, Fernando Birri ou Tomás Gutiérrez Alea, entre muitos outros, é analisado aqui a partir do exame detalhado das propostas de cada um… Leia mais

Três Ensaios sobre Estilo

Três Ensaios sobre Estilo

de Erwin Panofsky e Irving Lavin

Este livro reúne textos de Erwin Panofsky dedicados à problemática do estilo: "O que é Barroco?", "Estilo e Mídia no Cinema" e "Os Antecedentes Ideológicos do Radiador do Rolls-Royce". Originalmente escritos entre os anos de 1930 e 1960 como palestras para o público leigo, os três ensaios foram compostos em linguagem informal, revelando aspectos inesperados da sensibilidade do historiador e crítico de arte. Nos textos, o autor explora o estilo em diferentes âmbitos da produção artístico-cultural, tais como a pintura, a escultura, a arquitetura, o cinema e nas artes aplicadas, como demonstra o ensaio sobre o radiador do Rolls-Royce. Discutindo as bases filosóficas do estilo e suas manifestações em obras específicas, Panofsky encaixa o exame de casos individuais no âmbito da produção artística de determinado período, salientando o significado dessas manifestações em meio a um quadro conceitual… Leia mais

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