Ocorrido próximo a Moçambique, em 1802, o naufrágio do Marialva, navio de carreira de Sua Majestade, serviu de motivo poético para que Gonzaga experimentasse o gênero épico. Em exílio voluntário, pós-Inconfidência Mineira e Marília de Dirceu, o poeta árcade, além de retomar sua habitual apologia do heroísmo e da virtude, a partir dos modelos de Homero, Virgílio e sobretudo Camões, canta aqui a bravura dos portugueses diante dos mares, metáfora oportuna para o naufrágio de Portugal em meio à tormenta napoleônica. A edição apresenta a reprodução fac-similar dos manuscritos originais, assim como a transcrição do texto, até então inédito, e comentários elaborados por Ronald… Leia mais