Livros

Racine e Shakespeare
Em 1823 e 1825, Stendhal aparece na cena crítica francesa com Racine e Shakespeare. Embora não tenha a pretensão de escrever uma teoria sobre o teatro, parece inegável que ele lança ali as bases para a compreensão desse gênero. Como observa Leila de Aguiar Costa, trata-se de um panfleto em defesa da modernidade, da libertação frente aos preconceitos e ao pedantismo em direção do universo da energia e da paixão que amplamente se conformaria na obra romanesca do autor, especialmente em A Cartuxa de Parma e Crônicas Italianas. Longe e liberto das convenções e do pedantismo, o romanticismo no teatro apregoa a adequação aos tempos presentes: sua dicção, seus temas, seu enredo devem, sempre, responder à atualidade e, por conseguinte, ao verdadeiro; somente assim é que se proporciona o maior prazer possível. Eis a lição moderna de Stendhal e de seu Racine e… Leia mais

Crônicas Italianas
As paixões ocupam lugar central nestas narrativas ambientadas em sua maioria no cenário da realidade política da Itália do século XVI. Stendhal destaca a energia e a coragem individuais que representavam o contrário do artificialismo e da hipocrisia da França pós-napoleônica. Durante os períodos em que exerceu cargos diplomáticos naquele país, Stendhal comprou manuscritos antigos em arquivos italianos, de onde surgiram estas Crônicas, datadas do período mais criativo do autor de O Vermelho e o Negro e que se colocam sob o signo do fracasso e da impossibilidade trágica, em meio a romances proibidos, intrigas palacianas, raptos e assassinatos. Esta edição brasileira de "Crônicas Italianas", um dos mais belos livros da Literatura Francesa, foi traduzida pelo poeta Sebastião Uchôa Leite e recebeu o Prêmio Jabuti de Tradução, em… Leia mais