Maria Helena Machado detém-se sobre as relações entre senhores e escravos em dois municípios paulistas, Campinas e Taubaté, pesquisadas a partir dos processos criminais de escravos, no período entre 1830 e a Abolição. Procura, assim, resgatar os comportamentos escravos em sua multiplicidade de formas e configurações históricas ao longo do tempo: enfocados como fato social, produto orgânico da vida cotidiana nas fazendas, determinados crimes recolocam o escravo como agente social e sujeito histórico, segundo a autora. Desgastar a dominação senhorial, onerá-la em sua amplitude e limitá-la através de resistências e confrontos revelaram-se como atos consequentes, pois permitiram aos escravos forjar espaços de sobrevivência e vida autônomas. Esta segunda edição vem acompanhada de três ensaios, nos quais a autora apresenta balanços da historiografia internacional e brasileira sobre o escravismo, e uma análise a respeito do cativeiro na cidade de São Paulo durante o Império.
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