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Márcio Santos revela, neste livro, o processo por meio do qual grupos sertanistas de São Paulo abandonaram a tradicional mobilidade associada aos paulistas para se estabelecerem como criadores de gado no remoto sertão do São Francisco. Instabilidade e mobilidade eram características comumente associadas pelos historiadores da primeira metade do século XX à circulação dos paulistas pelo interior da América portuguesa. Entretanto, o autor nos mostra que esses paulistas tinham a intenção de se enraizarem, e que o processo de conquista e expansão do território esteve relacionado às dificuldades de acesso à terra que encontravam em São Paulo. Outro aspecto importante da pesquisa do autor é o de revelar o processo de povoamento nas regiões não mineradoras, focalizando especificamente as cidades do Norte e Noroeste mineiros, como São Romão, Januária e Montes… Leia mais

Com base em expressivo trabalho documental e em diálogo com a rica historiografia sobre o tema, Márcio Roberto Alves dos Santos analisa o processo de ocupação do vasto espaço interior do sertão baiano entre fins do século XVII e meados do século XVIII. Conforme Marco Antonio Silveira: Através da reconstituição cuidadosa das estratégias de conquista e ocupação, representadas por caminhos, sesmarias, povoações, missões religiosas e postos militares, o autor recupera a peculiaridade dos intentos de territorialização do sertão baiano, sublinhando, entre outros, dois aspectos fundamentais: o papel incontornável da guerra e a fragilidade da ação metropolitana, limitada pelo desconhecimento geográfico e acossada pela atuação imprevisível de agentes diversos. A tese que originou o livro recebeu o I Prêmio Internacional de Pesquisa em História, categoria Império: Terra Território, em… Leia mais