Personagem familiar das grandes cidades nos anos 1870 a 1914, o camelô é, ao mesmo tempo, herdeiro dos mascates do campo de outrora e filho da modernidade que começa a transformar a França. Politizado quando a atualidade o impõe, mas normalmente indiferente aos debates que não lhe proporcionam ganho financeiro, o camelô, aos gritos na rua, era a alegria dos transeuntes da Belle Époque, ao mesmo tempo em que era objeto de restrição e de uma grande desconfiança das autoridades. Presente ainda hoje nos mercados da África e da América do Sul, às vezes também em cidades europeias, o camelô é um marginal que acompanha a mercantilização progressiva das sociedades e a politização das massas. Neste livro, em que se ouve vibrar a rua, Jean-Yves Mollier segue passo a passo esses vendedores ambulantes no coração das cidades de ontem e de hoje e propõe uma nova leitura de um momento crucial da nossa história… Leia mais