Claude Dubar faz um balanço das mudanças da sociedade francesa a partir dos anos 1960 no que tange à vida privada, do trabalho e das crenças simbólicas, e propõe que as formas anteriores de identificação dos indivíduos perderam sua legitimidade, sendo que as novas não estão ainda plenamente constituídas. Essa constatação de crise está ligada a uma conjuntura econômica, política e simbólica particular: a globalização das trocas culturais e o surgimento de uma nova economia, a diversificação das formas de vida privada e as relações entre os sexos. As formas identitárias antigas já não permitiriam a apreensão dos processos atuais, enquanto aquelas em constituição ainda não estão claramente perceptíveis, e muitas vezes são vistas como ameaçadoras. Para o autor, enquanto se apresentam numa pluralidade de manifestações e em inúmeras combinações, nenhuma das formas de identidade existentes pode ser considerada dominante ou mais legítima que… Leia mais