Christian Kiening examina os primeiros textos e imagens publicados sobre a América, com o objetivo de reconstruir a invenção do sujeito selvagem, figura central da cultura europeia moderna. Os textos analisados foram aqueles que definiram os primeiros contornos do imaginário europeu sobre a América, como a literatura europeia sobre o Novo Mundo, passando pela profusão de relatórios, cartas, ensaios, tratados filosóficos, diários e imagens. Kiening recupera a ligação entre textos, sujeitos e tradições literárias, posteriormente separados pela historiografia nacional, aproximando-se assim de pesquisas realizadas no âmbito da História Atlântica. Conforme observa Luciana Villas Bôas, importa ao autor investigar o papel do Novo Mundo na formação de uma semântica europeia moderna, na qual o sujeito selvagem aparece estreitamente ligado aos conceitos-chave de história, sujeito e… Leia mais