A correspondência entre Alceu Amoroso Lima e Mário de Andrade começou em 1925 e durou até dezembro de 1944, dois meses antes da morte de Mário. Uma troca epistolar apaixonada pelo debate, marcada pela divergência de ideias aliada a um profundo respeito por ambos os correspondentes. São cartas pensadas e densas, verdadeiros laboratórios de criação, de pensamento e estilística, cujo principal assunto é a problemática de natureza religiosa e existencial o problema de Deus e o problema da Igreja mas também a crítica literária, as amizades, a vida literária em nosso modernismo, os lançamentos e as desavenças entre pessoas e grupos, as divergências entre os diferentes projetos de modernidade literária para o Brasil. A correspondência é uma demonstração clara de que os extremos se tocam e podem se respeitar, de que é possível fazer a harmonia dos contrários através da tolerância… Leia mais

Tristão de Athayde, pseudônimo de Alceu Amoroso Lima, foi advogado, diplomata, professor, escritor e jornalista. Neste texto, publicado originalmente em 1958, faz uma reflexão sobre as diversas concepções de gênero literário, procurando encontrar um denominador comum entre literatura e produção jornalística, que é caracterizada aqui como prosa de apreciação de acontecimentos. Para o autor, tudo é literatura desde que haja na palavra uma acentuação, uma ênfase no próprio meio da expressão, que é seu valor de beleza. Desse ponto de vista, o caráter social do jornalismo, o senso de atualidade e a objetividade seriam os seus dados… Leia mais