Em Escravidão e Morte Social, Orlando Patterson busca compreender a escravidão pela definição e análise de sua natureza e dinâmica e das estruturas que a sustentavam. O autor faz um estudo comparativo entre sociedades com escravos, em diferentes lugares e épocas, e fala de suas relações de poder internas e dos modos de aquisição e libertação de escravos, demonstrando a forte ligação entre escravidão e liberdade. A noção de propriedade do escravo se desenvolve concomitantemente à prática da escravidão, sendo os seres humanos transformados em propriedade na medida em que vivenciam a "morte social". Elementos constitutivos da relação escravista são a impotência do escravo, derivada da concepção de que a escravidão é uma substituta da morte; e o desarraigamento do escravo da localidade e da sociedade em que nasceu, tornando-o uma "pessoa socialmente morta", desvinculada de qualquer ordem social… Leia mais