James Roberto Silva apresenta o resultado de sua interessante pesquisa sobre o uso de fotografias em revistas médicas em duas cidades, Paris e São Paulo, ambas emblemáticas pela difusão de pesquisa nessa área por meio de periódicos. Buscou compreender o processo de formulação, por meio da fotografia e seu uso na medicina, de representações visuais da doença e, por extensão, do corpo doente. São registros quase sempre originados na clínica médica, particular ou pública, onde o profissional podia reproduzir fotograficamente os corpos doentes que passavam por sua observação. O livro investiga um período da pesquisa médica no Brasil ainda quase inaugural, diferentemente da tradição francesa, muito mais antiga, e levanta questões acerca do uso da fotografia na prática médica, a observância ou não de limites para a reprodução do corpo doente, entre outros temas de interesse para pesquisadores nas áreas de história, de fotografia, de medicina, entre outras.