Os dezessete quartetos de cordas de Heitor Villa-Lobos, compostos entre 1915 e 1957, são investigados por Paulo de Tarso Salles considerando seus aspectos composicionais e formais, bem como seus aspectos ideológicos. O autor beneficia-se da maturidade dos estudos sobre a obra de Villa-Lobos, no Brasil e no exterior, e destaca uma afirmação do próprio compositor segundo a qual havia se inspirado em Haydn ao compor os seus quartetos. Identifica e demonstra os processos construtivos composicionais que resultaram na forma, assim como as tópicas musicais elaboradas pelo compositor, com as quais adensou a dimensão simbólica de sua música, ao mesmo tempo brasileira e universal. A análise dos quartetos percorre diferentes caminhos pelas áreas da musicologia histórica, da semiótica e da teoria e análise musical, abrindo um terreno frutífero para futuras pesquisas sobre a música e o universo do artista.
Editora:
Edusp - Editora da Universidade de São Paulo